Nem lembro mais quando foi meu primeiro encontro com um PC. Foi, provavelmente, na UFSM (Universidade Federal de Santa Maria). Lembro claramente, isso sim, que foi uma tremenda decepção.
Os primeiros PCs muitas vezes não tinham disco rígido, embora sempre tivessem ao menos um drive de disquete. Então, quando se ligava um deles, não havia nenhuma resposta, exceto o pedido de inserir um disquete de sistema operacional.
Ora, todos os micros de 8 bits, quando ligados, imediatamente exibiam um prompt e ofereciam a possibilidade de digitar programas em BASIC. E como eram rápidos! O sistema operacional residia em ROM, mapeado para uma área reservada de memória, então não era necessário nem transferi-lo de um lugar a outro. No Apple II, por exemplo, os últimos 16KB do espaço de endereçamento eram reservados ao sistema operacional; os primeiros 48KB eram ocupados por RAM.
No BBC B, os primeiros 32KB eram de RAM, seguidos por 16KB reservados para ROMs (era possível paginar entre qualquer um de 16 ROMs) e, finalmente, os últimos 16KB pertenciam ao MOS (Machine Operating System). O BBC B+ tinha mais 32KB de shadow RAM e o BBC B+ 128KB tinha ainda mais 64KB de RAM separados em 4 bancos de 16KB, que ocupavam slots junto com aqueles ROMs paginados (era o sideways RAM).
Dentre esses ROMs, minha máquina tinha um processador de textos e um Pascal com editor. Então, quando eu a ligava, podia imediatamente escrever um programa em BASIC ou Pascal, ou editar um texto no Wordwise.
O que eu podia fazer num PC? Podia inserir o disquete do DOS. E depois disso? Ainda não podia fazer nada. Era preciso inserir um disquete com algum programa. Só então era possível fazer algo interessante. E, mesmo assim, esse algo interessante tinha que ser verde, porque o monitor só tinha essa cor.
Making the Mandelbrot Set with Excel
Há uma semana
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