terça-feira, 22 de dezembro de 2009

A máquina do tempo II

Durante a segunda grande guerra, o físico americano Richard P. Feynman trabalhou em Los Alamos em várias tarefas de suporte. Uma delas consistia em realizar algumas contas realmente complicadas. Ele decidiu que calcular manualmente era inviável e acabou optando por usar alguns equipamentos IBM. Naquela época, a IBM fabricava máquinas de cartões que somavam ou multiplicavam ou algumas outras operações.

Para montar um "computador", eram necessárias várias máquinas. A configuração e o uso determinavam o que elas produziriam. Colocavam-se os cartões numa e depois noutra e depois noutra e assim por diante.

Enquanto o equipamento não chegava, Feynman solicitou algumas secretárias e colocou-as sentadas frente a mesas com calculadoras Marchant. Cada uma faria o trabalho de uma máquina IBM.

A simulação foi um êxito. As moças trabalharam à velocidade prevista para as máquinas IBM. É claro que as máquinas IBM não cansariam depois de meia-hora.

Vamos avançar uns 60 anos.

Um PlayStation 3 é capaz de 218 GFLOPS. Digamos que todo o planeta (6 bilhões de pessoas) fosse colocado a fazer contas; supondo que cada pessoa fosse capaz de executar uma conta a cada 5 segundos, teriamos um pouco mais de 1 GFLOP.

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