O cliente não sabe o que é importante para seu negócio, principalmente porque, na maioria das vezes, o cliente do analista não é o dono do negócio. Ele pode até ser um bom funcionário, leal ao seu chefe e tudo mais, mas ele nunca pensa como o dono do negócio. Logo, os sistemas saem com algumas deficiências.
Um tipo de caso de uso muito comum é o descaso de uso. O descaso de uso é um elemento inútil do sistema, mas que, mesmo assim, é o mais popular entre os usuários. Por exemplo, numa intranet, invariavelmente, as páginas mais usadas são: a lista de aniversariantes do mês e o cardápio da cafeteria.
O descaso de uso é como o pato de borracha na banheira. Água, sabonetes e toalhas são essenciais para o banho, mas o pato de borracha é o que o torna realmente divertido (ouvi dizer, pelo menos). Então, o descaso de uso é representado dessa maneira:

Por exemplo, um gerente num surto psicótico pode solicitar um relatório de vendas realizadas por funcionários com filhos de menos de 10 anos. Ou de notas emitidas para cidades do noroeste catarinense, exceto por aquelas de colonização alemã. O analista logo vê a inutilidade da criatura, mas não consegue convencer o cliente a tentar algo mais abrangente (e útil), como um relatório por região ou uma ferramenta de Data Warehouse, para que o gerente possa brincar sem perturbar sua equipe.
O caso de desuso é representado por uma teia de aranha:

O frankencaso é representado assim:


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