Sem muito esforço, é possível perceber que ter um carro é muito caro. Baratinho mesmo é andar de táxi.
Eu, por exemplo, estou a 6km do meu trabalho, uso o transporte coletivo e deixo o carro em casa. Todos os dias, portanto, percorro 12km. Em um ano de trabalho, devo percorrer algo como 2.760km (estimo umas 46 semanas de trabalho). Consumindo cerca de 10km/l (o carro não rende muito no centro) a R$2,60 o litro, eu gastaria R$717,60 em combustível.
O seguro adiciona cerca de R$1.600 ao custo de passear de auto. Os impostos, mais uns R$600. Já se foram R$2.917 antes mesmo que eu considerasse a manutenção. Por sorte, o carro é dos bons. Mesmo assim, já precisei trocar os pneus e a bateria em 2 anos de uso (comprei o carro usado). Em manutenção, ele deve consumir uns R$600 por ano, por enquanto. Já são R$3.517 e eu estou sendo otimista nas minhas contas.
Andando de lotação, gasto R$1.840 por ano. A diferença pode parecer razoável, mas eu ainda nem considerei a depreciação e os juros perdidos!
Investindo o preço do carro na poupança, eu ganharia uns R$1.850 em juros por ano. Isso já pagaria a lotação e o principal se manteria igual. Mas ter carro é muito pior que guardar o dinheiro sob o colchão. Em dois anos, ele se desvalorizou cerca de R$3.500 (ante o valor inicial de R$30.000).
Então, a diferença entre manter o meu carro e guardar o dinheiro na poupança é de mais de R$14.200 em dois anos! Isso significa que cada viagem para o trabalho custaria, na realidade, R$15. Dá para ir de táxi. Indo de lotação, eu embolsaria R$22 todos os dias sem fazer nada. Percebe-se logo que um casal, no lugar de ter dois carros, pode considerar ter um motorista e um único veículo.
Deve ser por isso que os motoristas gaúchos estão tão nervosos!
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