Não tenho paciência com quem tem medo de computador. Geralmente são as mesmas pessoas que ignoram o limite de velocidade na estrada ou tomam o remédio que a vizinha indicou.
Minha mãe começou a usar computador para editar textos no WordWise do BBC B+ com 128KB de RAM. Com ele, edita-se o texto em um modo texto de 40 colunas por 25 linhas. Para saber mais ou menos como vai sair a impressão, usa-se um modo de 80 colunas de 2 cores. Não chegava a ser uma limitação, porque a impressora era matricial (Epson LX80) e monocromática. Havia memória livre para 28KB de texto. Então, para um trabalho grande, era preciso dividir o texto em capítulos. O texto era decorado com palavras-chave que indicavam a formatação. Era quase como programar. Nos disquetes de 5,25" cabiam 400KB.
Depois veio o WordStar. Ainda não era WYSIWYG, mas pelo menos a edição era feita em 80 colunas. Os comandos eram digitados com seqüências estranhas e a mãe os dominava como ninguém: Ctrl-K-B, Ctrl-K-K, etc. A impressora ainda era matricial e os disquetes só continham 360KB.
Finalmente, chegou o Word, começando no Windows 3.11. Desde então, as coisas não mudaram muito, inclusive a resistência de muitos.
Sempre que escuto "estou muito velho para isso" ou "isso é muito difícil", tenho que conter o ímpeto de retrucar com "se até a minha mãe consegue", porque a verdade é que ela tem uma habilidade extraordinária de aprender e não tem medo de enfrentar tecnologia nova.
Feliz dia das mães!
domingo, 9 de maio de 2010
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