Recentemente, passei vários dias e muitas horas tentando descobrir por que um laptop com Windows 10 falhava aleatoriamente com tela azul e um erro relacionado a drivers (KMODE Exception not handled).
O laptop possui um i5-2450M com 16GB de RAM. É uma boa máquina, com recursos mais que suficientes para as necessidades do dono. Curiosamente, entretanto, a CPU não está entre as aprovadas para o Windows 10.
Além disso, o Windows 11 não admite ser instalado nesse laptop.
Experimentei o Ubuntu Mate nessa máquina e tudo funcionou perfeitamente.
A minha única saída foi voltar para o Windows 7 e instalar as últimas versões do Chrome e do Firefox que ainda rodam nessa versão.
Eu estou acostumado a baixar arquivos .iso de Linux ou algum BSD, gravar com dd num pendrive e fazer o boot, mas o Windows não permite essa facilidade e exige que o .iso seja gravado no pendrive com um software, claro, específico do Windows.
Resolvi que não tenho mais tempo a perder com um software tão maligno que é projetado para tornar obsoletas máquinas perfeitamente úteis.
Se algum amigo ou parente pedir uma ajuda para instalar Linux ou qualquer BSD, eu o farei e essa será minha contribuição na luta contra os abusos do capitalismo tardio.
Instalar Windows, no entanto, nunca mais farei por ninguém.
A pessoa para quem eu estava dedicando meu tempo tem grande apego ao Excel. Eu pensei, então, que talvez fosse possível rodar o Excel no Linux com o Wine, porque, de qualquer forma, o Windows 7 é uma solução temporária: logo os navegadores estarão obsoletos. Pedi, então, a mídia de instalação do Office. Recebi uma mídia do Windows 10 e outra do Windows 7: "veja o que tem aí". Eu me senti um pouco ofendido e não foi a primeira vez que eu me deparei com um usuário que, apesar de insistir no Windows, transfere completamente o custo de configurar e manter o micro.
Usuários de Windows, via de regra, o são por pura inércia e por dependerem do trabalho de outros (remunerado ou não). Cansei disso. Eu escolhi o Linux pela liberdade que ele provê. Houve uma época em que usar o Linux exigia sacrifícios, mas essa época já passou. O sacríficio agora está em insistir com a empresa de Redmond.
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