quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

A China e eu

Quando comecei a comprar produtos da China, o fiz com muito receio. Abri uma conta no Paypal e a uso para todos os pagamentos. Assim, espero proteger meu cartão de crédito.

Inicialmente, eu esperava chegar um produto para encomendar outro. Mesmo comprando apenas produtos de pequeno valor (cabos, adaptadores, LEDs, etc), eu queria restringir minhas perdas se algo desse errado. Os produtos demoram muito a chegar, então isso era um pouco frustrante.

Logo descobri que a verdadeira causa das demoras são os correios brasileiros. Os chineses entregam os produtos no Brasil em duas ou três semanas. Depois, eles guardam pó num depósito do correio por até 5 meses (a maior espera até agora).

Comprei uns produtos de uma loja inglesa e descobri que os ingleses entregam os produtos no Brasil em menos de uma semana (de três a cinco dias). Aqui, eles cumprem quarentena nos correios, embora seja mais curta que a dos produtos chineses.

Agora, tenho plena confiança nos chineses. Nunca falharam.

Então, recentemente, resolvi comprar um HD para fazer backups de arquivos importantes. Resolvi comprar um Hitachi de 1TB da loja Balão da Informática. Os HDs dessa marca têm a fama de serem muito confiáveis. Entretanto, recebi um HD cujo SMART indicava 39.397 horas de uso. Ele havia sido fabricado em 2008, então o valor tinha sentido. O HD foi importado por uma empresa chamada DEXCOM. Uma busca rápida revela que mais gente já recebeu um desses discos; devem ter sido comprados de algum datacenter, já no final de suas vidas úteis.

Retornei o aparelho e obtive estorno, sem grandes atribulações. Mesmo assim, resolvi evitar a combinação Hitachi/Balão da Informática/Dexcom.

Resolvi comprar um HD no Walmart.com. Escolhi um WD Caviar de 2TB. Um pouco mais caro, mas com mais espaço e sem possibilidade de ser (muito) usado. O aparelho que recebi não funciona. Ele está tão danificado que não consigo passar da BIOS no boot. Testei em 3 máquinas e o resultado é sempre o mesmo. Instalando num dock externo, consegui obter pelo SMART apenas a identificação do aparelho.

Em resumo, compro da China, porque confio neles. Surpreendente isso.


2 comentários:

  1. Os produtos que vem para o Rio Grande do Sul passam por uma central de distribuição integrada com a Receita Federal no Paraná. Ou seja: Curitiba nos dá o juiz Moro com sua cruzada tresloucada contra a corrupção, os seus delegados e procuradores tucanos vazadores e uma Receita Federal minuciosa.
    Tenho amigos no norte, em Fortaleza que não passam por esse aperto.
    É portanto também um problema cultural.
    Problema ou característica?
    Li em algum lugar que os grandes bazares da China e Amazon vão se integrar com a Receita Federal e incluir o imposto de importação nos itens, que vai agilizar a entrega, dar sossego para quem quer comprar na boa e baixar a bola do comércio ilegal que continua furando a barreira comercial no norte do país.
    Tomara que aconteça mesmo.

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  2. Minha esposa também formou uma opinião a partir de suas compras de brinquedos, peças de roupas e acessórios no eBay.
    Ela descobriu que vendedores americanos tem mais propensão a anular a venda por meio de lances de última hora, ou demorar ou falhar na entrega ao passo que chineses sempre efetuam a venda e sempre entregam o item anunciado.

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