Observando alguns comentários e algumas avaliações do novo iPad mini eu percebi um mudança radical em relação aos consumidores de micros de 8 bits na década de 1980. O novo comprador de TI quer a perfeição e não se importa em gastar muito dinheiro para ter o melhor para cada situação.
O novo iPad mini, dizem, é muito melhor para carregar pela rua e ler no ônibus. Os modelos anteriores são grandes e pesados. Mas há pouco tempo tudo era perfeito; surge agora um novo modelo mais perfeito ainda.
O comprador de micros de 8 bits era um sonhador. Ele tinha que enxergar muito longe para ver algum potencial naquelas máquinas lentas e com pouquíssima memória. Os jogos exigiam muita criatividade tanto dos programadores como dos jogadores.
Junto com essa mudança nas expectativas, sumiram aquelas revistas legais para amadores, a Byte sendo a mais interessante (embora um pouco mais técnica que as outras). Hoje em dia temos revistas para profissionais (sobre Java, SQL, e outros assuntos bem específicos) e algumas revistas de consumidor com avaliações superficiais (como a Info Exame).
Eu sinto falta daquelas revistas, porque sempre abriam portas para áreas novas: gerar fractais, simular colisões de galáxias, fazer música. Parece que agora que o micro é poderoso, as pessoas não se preocupam em explorá-lo.
Torço que com o lançamento dessas plataformas pequenas, como o Raspberry Pi, voltem a surgir publicações para amadores inquisitivos. Enquanto isso, vou vasculhando as revistas antigas por projetos interessantes.
Making the Mandelbrot Set with Excel
Há 2 semanas
Quem sabe o hobbista dos anos 80 faziam computadores e programas, e o hobbista dos anos 10/20 fará robês e programas em IA, visualização computacional, algoritmos de jogos, enxames, essas coisas?
ResponderExcluirhttp://www.labdegaragem.org/loja/